segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Paralimpíadas de Tóquio: conheça o perfil dos atletas do ciclismo brasileiro



Com o encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o mundo está na expectativa do início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio que vão começar no dia 24 de agosto.

A atual edição dos Jogos Paralímpicos terá o total de 22 esportes disputados em 21 localidades. A programação contará com a apresentação de 539 eventos a serem disputados pelos atletas paralímpicos.

De modo semelhante às Olimpíadas de Tóquio, o Brasil terá cinco representantes do ciclismo nas Paralimpíadas com a primeira disputa programada para o dia 25 dia agosto.

Conheça o perfil dos atletas do ciclismo brasileiro nas Paralimpíadas de Tóquio


Lauro César Mouro Chaman


Categoria: CLASSE C5
Nascimento: 25/06/1987
Cidade: Araraquara (SP)
Participações Paralímpicas: Rio 2016

Lauro Chaman - Foto: Divulgação / CBC


Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás. O atleta passou por cirurgia para corrigir o problema, mas o procedimento acarretou a perda do movimento do tornozelo. Por conta disso, teve atrofia na panturrilha.

A bicicleta sempre foi utilizada por Lauro como meio de transporte e, aos 13 anos, ele começou a competir em provas tradicionais de Mountain Bike enfrentando atletas sem nenhuma deficiência. Com 19 anos, passou por classificação funcional e começou a disputar competições oficiais de paraciclismo de Estrada e Pista.

Atualmente, Lauro Chaman é o único atleta brasileiro medalhista em jogos paralímpicos/olímpicos, tendo conquistado duas medalhas na Rio 2016, sendo uma prata na prova de resistência e um bronze no contrarrelógio.

O atleta é o atual Campeão Mundial de Estrada e apresentou grandes resultados durante todo o ciclo paralímpico de Tóquio, subindo ao pódio em todos os Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo que participou durante os anos de 2017 a 2021. Nesse período, Lauro conquistou o título de campeão mundial em três oportunidades, duas vezes na Estrada (2017 e 2021) e uma vez na Pista (2018).

Jady Martins Malavazzi


Categoria: CLASSE H3
Nascimento: 07/09/1994
Cidade: Jandaia do Sul (PR)
Participações Paralímpicas: Rio 2016

Jady Martins Malavazzi - Foto: Divulgação / CBC


Jady Malavazzi perdeu o movimento das pernas quando ainda tinha 13 anos de idade, após se envolver em um grave acidente de carro em 2007. O veículo que estava com Jady e sua mãe foi colidido por um veículo desgovernado que invadiu a contramão depois do motorista ter dormido ao volante.

Sua reabilitação foi realizada em Brasília, no Hospital Sarah Kubitschek, onde teve o seu primeiro contato com o esporte adaptado. Inicialmente começou a jogar basquete em cadeira de rodas e, pouco tempo depois, em 2010, conheceu o paraciclismo. 

O seu crescimento no esporte foi muito rápido, passando a competir em alto rendimento já no ano seguinte, em 2011, quando foi convocada para a seleção brasileira que disputou os Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara, no México, e conquistou a medalha de prata. Jady também soma duas medalhas em mundiais e seis pódios em etapas da Copa do Mundo.

Carlos Alberto Gomes Soares


Categoria: CLASSE C1
Nascimento: 31/12/1994
Cidade: Anápolis (GO)
Participações Paralímpicas: Estreia em Tóquio

Carlos Alberto Gomes Soares - Foto: Divulgação / CBC


Quando tinha 6 anos de idade, Carlos foi diagnosticado com paraparesia espástica, doença que atrapalha na sua locomoção e compromete a mobilização da sua perna esquerda. Na adolescência, chegou a tentar jogar futebol para conseguir se manter próximo aos amigos, mas não tinha um bom rendimento devido à dificuldade de conseguir correr.

Como ele se deslocava para todos os lugares de bicicleta, começou a se apaixonar pela modalidade e passou a praticar BMX, disciplina que o ajudou bastante no ganho de força e massa muscular das pernas, surpreendendo os médicos do Hospital Sarah Kubitschek, onde
ele passava por tratamento e reabilitação.

Carlos Alberto teve o primeiro contato com o paraciclismo em 2016, quando começou a
pedalar em bicicletas da disciplina de Estrada. No ano seguinte, participou da primeira competição oficial e já em 2018 foi convocado para representar a seleção brasileira no Campeonato Mundial de Paracicismo de Pista, no Rio de Janeiro. Após essa participação, passou a ser convocado com frequência e representa as cores do Brasil nos principais eventos internacionais, inclusive obtendo bons resultados em Copas do Mundo e Campeonatos Mundiais.

André Luiz Grizante


Categoria: CLASSE: C4
Nascimento: 26/12/1976
Cidade: São Caetano do Sul (SP)
Participações Olímpicas: Estreia em Tóquio

André Luiz Grizante - Foto: Divulgação / CBC


André Luiz Grizante foi atleta profissional de ciclismo de Estrada entre os anos de 1995 e 2010, chegando a ser um dos principais nomes do ciclismo nacional. Durante a sua carreira, conquistou resultados importantes como o título da primeira edição da Copa América de
Ciclismo, tricampeonato da Prova Ciclística 1º de maio/GP Ayrton Senna e foi campeão do Ranking Brasileiro em 2004, ano que venceu 14 provas do calendário nacional.

Em 2013 sofreu um acidente de motocicleta, onde teve fratura de acetábulo com compressão e esmagamento do nervo ciático, que deixou uma lesão definitiva na perna esquerda. Três anos após o acidente, a convite de vários amigos, resolveu voltar as atividades no esporte e retornar às competições, mas desta vez no paraciclismo.

Ana Raquel Montenegro Batista Lins


Categoria: CLASSE C5
Nascimento: 11/03/1991
Cidade: Natal (RN)
Participações Paralímpicas: Rio 2016 (Paratriathlon)

Ana Raquel - Foto: Divulgação / CBC


Ana Raquel nasceu com uma deficiência congênita, a Síndrome de Poland, que acomete principalmente a sua mão, parte do tórax e o abdômen esquerdo. Aos oito anos de idade, ela participou das primeiras competições de natação. Conheceu o esporte paralímpico em 2005 e participou dos seus primeiros Jogos Parapan-Americanos no Rio de Janeiro (2007).

Alguns anos depois, buscando novos desafios, Ana conheceu o Paratriathlon e passou a se dedicar a nova modalidade que lhe rendeu a participação nos Jogos Paralímpicos da Rio 2016. Em 2018 migrou para o paraciclismo e participou das principais competições de estrada e pista do calendário nacional e internacional, carimbando o seu passaporte para Tóquio 2020.

Ana Raquel é a atual campeã brasileira de Pista e contrarrelógio, além de ter conquistado o 5º lugar na prova de resistência do Parapan de Lima 2019.

Fotos: Divulgação / CBC
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